Motivos estariam associados a menor número de filhos e maior taxa de solteiros e divórcios.

O aumento da taxa de divórcios e do número de solteiros está causando um fenômeno no mercado imobiliário: o aumento na venda de apartamentos compactos.

"A venda de apartamentos compactos aumentou 41%. Na RealtON, hoje, essas vendas representam 68%. Consequentemente, as incorporadoras estão investindo em imóveis menores, prova disso é que, em apenas um ano, a oferta de apartamentos menores na RealtON cresceu 28%", afirma Rogerio Santos, CEO da RealtON.

Os bairros que mais apresentam imóveis compactos em São Paulo são os considerados "joviais" e próximos aos grandes centros financeiros, como a região subcentral, Baixo Augusta, Jardins, Moema, Vila Olímpia, Vila Madalena e Itaim. O aumento de unidades compactas altera também o comportamento da indústria moveleira, que necessita desenvolver projetos para ambientes menores.

Custo de investimento

"Vale ressaltar que os imóveis compactos não são baratos. Imóveis econômicos são os do programa ‘Minha casa, minha vida'. Embora seja pequeno, o apartamento compacto é de alto padrão", ressalta Santos.

Nos últimos quatro anos o imóvel ficou mais caro, com valor nominal alto. Um imóvel de 90 m² em bairros nobres ultrapassa R$ 1 milhão.

O imóvel usado, embora seja uma boa opção, pode causar um ônus maior com recuperação e reforma e pode não compensar. "Isso, sem considerar as questões de que as áreas comuns podem estar completamente ultrapassadas, por exemplo: elevador velho, ausência de área de lazer, inexistência de vagas etc.", finaliza Santos.

Fonte: ABECIP